O tempo e nossas escolhas
- Aurivan Sérgio
- 12 de jul. de 2021
- 2 min de leitura
"És um senhor tão bonito
Quanto a cara do meu filho
Tempo, tempo, tempo, tempo
Vou te fazer um pedido
Tempo, tempo, tempo, tempo"

O tempo não negocia, não concede garantias.
É a personificação de Chronos, o tempo calculado, contado e submetido ao relógio, dele ninguém pode fugir e igualmente negar, e nos remete a pensar na finitude da vida.
Dicotomia na frase desta imagem...

Passe logo semana, não suporto as intempéries, as vicissitudes que me impõe, mereço mais, mas não me empenho por merecer, só reclamo, por que é o que posso ou o que me ensinaram a fazer.
Retiro de mim, na fantasia que crio, a responsabilidade dos meus atos ou a falta deles. Aplaca minhas frustrações, angústias e dores de existir.
"A vida, vida, vida
Que seja do jeito que for
Mar, amar, amor
Se a dor quer o mar dessa dor
Quero o meu peito repleto
De tudo que eu possa abraçar
Quero a sede e a fome eternas
De amar, e amar e amar"
Vida, eterno devir ...
Um processo de mudanças diárias e por vezes efetivas, desse processo não podemos nos desvencilhar.

Passamos a ser, fazemos com que algo exista, nos transformamos. Me remete ao um outro tipo de tempo, a Kairós, ao tempo oportuno, ao tempo do processo existencial.
Esse tempo é de natureza qualitativa, num momento indeterminado no tempo em que algo especial acontece. Ou fazemos acontecer?
Não podemos parar Cronos, fato... Mas, podemos viver o nosso bom Kairós de cada dia, imprimindo à ele, mais qualidade de vida, paz, construção coletiva positiva, empatia, acolhimento, amorosidade, servir.
É curti a jornada, se deliciar com as oportunidades de aprendizados e evolução.
É dar sentido à nossa existência, pensar no legado que desejamos deixar.
É sobre compreender e acolher, como nos traz Sócrates, que “só sei que nada sei”, trazendo a baila a importância de pensarmos de forma crítica, sobre a incerteza da vida, tomando plena consciência da própria ignorância.
Aí está o ouro!
O que você pode realizar de diferente nas semanas vindouras?
Sinta, pense e aja!
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